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21/05/2024

Misturar energético com álcool faz mal? Entenda no detalhe

Misturar energético com álcool faz mal? Entenda no detalhe

O apelo de uma bebida que promete aumentar a energia e a diversão é compreensível, mas por trás dessa mistura aparentemente inofensiva escondem-se riscos significativos para a saúde.

A combinação de bebidas energéticas com álcool é uma prática comum, especialmente entre os jovens em festas e eventos sociais. Entretanto, essa mistura levanta preocupações significativas de saúde. Para entender melhor os riscos envolvidos de misturar energético com álcool, é crucial explorar os efeitos individuais de cada componente e como eles interagem quando consumidos juntos.

Efeitos dos energéticos

Bebidas energéticas contêm ingredientes como cafeína, taurina, guaraná e vitaminas do complexo B, destinados a aumentar a energia, a atenção e a performance física e mental. A principal substância ativa, a cafeína, é um estimulante poderoso que pode causar aumento da frequência cardíaca, pressão arterial elevada e insônia quando consumido em excesso.

Efeitos do álcool

O álcool, por outro lado, é um depressor do sistema nervoso central. Seus efeitos incluem sedação, diminuição da coordenação motora, tempo de reação reduzido e efeitos eufóricos que podem levar ao consumo excessivo e à intoxicação.

Interação entre energético e álcool

Quando combinados, os efeitos contrastantes de um estimulante (energético) e um depressor (álcool) criam uma situação potencialmente perigosa:

  • Mascaramento dos efeitos do álcool: A cafeína pode mascarar a sensação de embriaguez, fazendo com que a pessoa não perceba o quão intoxicada realmente está. Isso pode levar ao consumo excessivo de álcool, aumentando o risco de envenenamento alcoólico.
  • Desidratação: Tanto o álcool quanto a cafeína são diuréticos, o que significa que aumentam a produção de urina, levando à desidratação. A desidratação pode causar dores de cabeça, tonturas e, em casos graves, problemas renais.
  • Sobrecarga cardiovascular: O álcool e a cafeína juntos podem colocar uma pressão extra no coração. A combinação pode causar arritmias, aumento da pressão arterial e, em casos extremos, pode levar a eventos cardiovasculares graves como ataques cardíacos.
  • Alteração no comportamento: O consumo de álcool já está associado a comportamentos de risco, como direção sob efeito de substâncias não seguras. Quando combinado com energéticos, a percepção reduzida de embriaguez pode amplificar esses comportamentos, aumentando o risco de acidentes e lesões.
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Estudos Científicos

Diversos estudos confirmam os perigos dessa combinação. Por exemplo, uma pesquisa publicada no Journal of Adolescent Health encontrou que jovens que misturam energéticos com álcool têm maior probabilidade de se envolver em comportamentos de risco comparados àqueles que consomem apenas álcool. Outro estudo da Alcoholism: Clinical & Experimental Research revelou que a mistura pode levar a um maior consumo de álcool em uma única sessão, aumentando a chance de intoxicação alcoólica.

Uma lata contém, em média, 70mg de cafeína, o que equivale entre três e quatro xícaras de café. Associada a outros componentes das bebidas, levam à liberação de adrenalina e noradrenalina, que propiciam o aumento não só da frequência cardíaca e da pressão arterial, como também podem causar espasmo dos vasos sanguíneos do coração, resultando em um infarto agudo do miocárdio.

Misturar energético com álcool é uma prática arriscada que pode levar a graves consequências para a saúde. A cafeína pode mascarar os efeitos depressivos do álcool, levando ao consumo excessivo e a um aumento dos comportamentos de risco. Além disso, a sobrecarga cardiovascular e a desidratação são preocupações significativas. Portanto, é aconselhável evitar essa combinação para proteger a saúde e o bem-estar.

Para aqueles que desejam consumir bebidas alcoólicas, é melhor fazê-lo com moderação e evitar a adição de energéticos. Estar consciente dos riscos associados e fazer escolhas informadas pode ajudar a prevenir consequências negativas à saúde.


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Sobre o autor

Artigo escrito por Marcelino Junior, redator do site.

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