Ansiedade: Sintomas e Como Controlar
Assim como o estresse, a ansiedade é uma reação de […]
Assim como o estresse, a ansiedade é uma reação de sobrevivência. De forma natural, ela libera hormônios para que o corpo fique preparado para lutar ou fugir. Os sintomas podem ser confundidos com o medo: suor excessivo, taquicardia e náuseas – parece que o coração vai “pular pela boca” e tudo fica muito acelerado. É essa reação que dá impulso para correr do perigo.
“A ansiedade é um estado emocional de inquietação e desconforto físico e psíquico. Ela se subdivide em uma série de manifestações e é caracterizada por preocupações recorrentes, taquicardia, crises, fobias e pensamentos intrusivos. Surge de uma urgência que a pessoa não sabe de onde vem”
Hercilio Pereira De Oliveira Junior psiquiatra do Grupo NotreDame Intermédica
Muitas pessoas se sentem ameaçadas a todo momento por causa do trabalho, trânsito, dinheiro, filhos, provas e muitas outras coisas comuns do dia a dia. É normal sentir-se ansioso, mas quando essa reação acontece de forma intensa, ao invés de ajudar, impede a pessoa de lutar ou se proteger, e pode ser considerada um transtorno psicológico.
Será que não está na hora de procurar ajuda para aprender a controlar a ansiedade?
Brasil e Dados sobre a Ansiedade
No Brasil, os dados são preocupantes: o País possui a maior taxa de pessoas com a doença no mundo e é três vezes maior do que a média mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros têm algum tipo de transtorno de ansiedade, enquanto nos Estados Unidos, 6,3% acomete a população.
O estudo aponta ainda que isso acontece por conta de fatores como pobreza, desemprego e estilo de vida nas grandes cidades.
Tipos de Ansiedade
Antes de pensar no tratamento, é importante entender a causa e os tipos. A ansiedade pode se apresentar de várias formas: generalizadas, fobias sociais e específicas, pânico, agorafobia, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
- Ansiedade generalizada: Preocupações excessivas sobre situações do dia a dia como trabalho, dinheiro, responsabilidades e doenças, por exemplo;
- Fobias sociais: é a timidez patológica, ou seja, o medo de ser exposto a situações sociais como paralisar ou passar mal ao falar em público;
- Fobias específicas: medo exagerado de algo específico, como, por exemplo, de palhaço, aranha, altura entre outros. Em alguns casos, a fobia é tanta, que a pessoa evita olhar até fotos;
- Pânico: crises intensas em que a pessoa tem medo de morrer ou enlouquecer. Elas acontecem de uma hora para outra sem motivos e duram alguns minutos;
- Agorafobia: medo de lugares aglomerados ou situações em que é difícil ser socorrido. O medo é tanto que algumas pessoas evitam sair de casa para não terem ataques de pânico;
- TOC: é a combinação de preocupações excessivas com rituais, que podem ser de limpeza, verificação ou repetição. Supersticiosamente, a pessoa acredita que algo ruim acontecerá caso ela não realize os rituais;
- TEPT: acontece após situações traumáticas. Neste tipo de ansiedade, a pessoa tem a sensação de que está revivendo o trauma e sente tudo o que sentiu no momento original do passado, principalmente fisicamente.
Sintomas
A ansiedade é caracterizada por sintomas psicológicos e físicos.
Sintomas psicológicos:
- Medo;
- Angústia;
- Inquietação;
- Insônia;
- Dificuldade de concentração e de relaxamento;
- Sensação de estar sempre “no limite”;
- Preocupações com coisas que podem acontecer no futuro e pensamentos catastróficos.
Sintomas Físicos:
- Suor excessivo;
- Falta de ar;
- Hiperventilação;
- Boca seca;
- Formigamento;
- Náusea;
- Ondas de calor;
- Calafrios;
- Tremores;
- Tensão muscular;
- Dor no peito;
- Taquicardia;
- Sensação de desmaio;
- Tonturas;
- Urgência para ir usar o banheiro.
Como controlar?
Hábitos de vida mais saudáveis e meditação podem ser aliados no controle da ansiedade. Isto porque alguns fatores como estilo de vida desenfreado podem ser gatilhos para as crises de ansiedade. Por isso, o melhor caminho para uma vida psicologicamente mais saudável é evitar o consumo de álcool e drogas, fazer atividades físicas e se alimentar melhor, além de se conectar com seu “eu interior” por meio dos exercícios de respiração.
Também é importante procurar ajuda psicológica e adotar a psicoterapia, como explica o especialista: “O profissional da área não só vai avaliar/analisar as origens do sintoma, mas também pode ajudar na questão comportamental para que a pessoa possa lidar com esse transtorno, além de encontrar alternativas melhores alternativas para que o paciente consiga contornar os sintomas mais incômodos para ter uma vida melhor”. Se as manifestações persistirem, o profissional pode ainda prescrever alguns medicamentos antidepressivos que auxiliam no tratamento da ansiedade.
Saiba que essa é considerada a doença do século 21. Estima-se que mais de 40% da população mundial venha a apresentar quadros de ansiedade. Por isso o tema é tão importante e precisa ser levado a sério na composição de uma vida saudável.
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