Obstrução Intestinal: Causas e os Riscos
Interrupção do funcionamento normal do intestino é causada por um bloqueio que impede a passagem de fezes e gases pelo órgão.
O assunto veio a tona nesses últimos dias depois do presidente Jair Bolsonaro ser hospitalizado com a condição de obstrução intestinal, e traz uma infinidade de buscas pelo assunto nos principais mecanismos de pesquisa.
A obstrução intestinal é caracterizada como a interrupção do funcionamento normal do intestino devido a um bloqueio que impede a passagem de fezes e gases pelo órgão. As causas são diversas, incluindo tumores, inflamação, verminoses e efeitos de cirurgias. Entre os sintomas estão inchaço e dor abdominal, náuseas e vômitos, dificuldade e dor para evacuar.
Você já tinha escutado falar sobre o termo? Entenda os sintomas, as diferentes causas, os riscos e o tratamento da obstrução intestinal:
Quais são as principais causas da obstrução intestinal?
A obstrução intestinal pode ser causada por uma série de fatores. Um deles é o desenvolvimento de câncer no órgão e na região abdominal. O crescimento de um tumor pode comprimir a parede intestinal e levar ao bloqueio.
Existem muitas causas que podem levar ao surgimento de uma obstrução no intestino, desde causas mecânicas, em que há um obstáculo físico, como também uma obstrução funcional, que é quando os movimentos do intestino ficam paralisados.
As principais causas da obstrução são:
- Bridas intestinais, que são aderências de tecido nas paredes do intestino, mais comuns em pessoas que já passaram por cirurgia abdominal;
- Hérnias;
- Tumor intestinal, principalmente no intestino grosso;
- Diverticulite;
- Doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn;
- Torção do intestino;
- Paralisia dos movimentos intestinais, chamada de íleo paralítico, devido a alterações metabólicas, como falta de potássio no sangue;
- Isquemia do intestino;
- Endometriose intestinal;
- Acúmulo de vermes;
- Enterite pós-radiação no tratamento de câncer;
- Intoxicação por chumbo.
Algumas destas causas podem causar uma obstrução completa e abrupta do intestino, gerando sintomas mais graves, ou apenas uma obstrução parcial ou que acontece aos poucos, quando os sintomas são mais leves e existem menos riscos para a saúde. No entanto, todos os casos precisam de tratamento adequado, da forma mais breve possível.
Especialistas explicam que pacientes com histórico de cirurgias no intestino também têm mais chances de apresentar obstrução. Procedimentos cirúrgicos podem levar à formação de aderências, que são acúmulos no tecido entre as alças do intestino.
“Quando você faz uma cirurgia, tira um pedaço do intestino, junta um pedaço com o outro, é um procedimento agressivo. Uma alça do intestino pode se juntar à outra, o que pode fazer com que o órgão não consiga contrair normalmente, levando à obstrução”
explicam
Outras condições que podem levar à obstrução intestinal são as doenças inflamatórias, como a diverticulite e a doença de Crohn, doenças parasitárias como as verminoses, além de hérnias e paralisias dos movimentos intestinais.
Principais sintomas da obstrução intestinal
Um dos primeiros sinais da obstrução intestinal é a parada na eliminação de fezes e gases. A prisão de ventre pode vir acompanhada de dor abdominal, inchaço, náuseas, vômito e diminuição do apetite. Outros sintomas comuns incluem:
- Inchaço exagerado da barriga;
- Dor abdominal em cólica e intensa;
- Diminuição do apetite;
- Náuseas e vômitos.
A intensidade dos sintomas varia de acordo com a causa e a gravidade da doença que provoca a obstrução. Outro ponto é que os sintomas apresentados também podem variar de acordo com o local afetado, sendo que vômitos e náuseas são mais comuns na obstrução do intestino delgado, enquanto o excesso de gases e a prisão de ventre são mais frequentes na obstrução do intestino grosso.
Como é feito o diagnóstico da obstrução intestinal?
O diagnóstico pode ser feito a partir da avaliação dos sintomas pelo médico, além do exame físico do paciente. Para identificar a obstrução, é realizado o exame de colonoscopia, que consiste na captura de imagens do intestino grosso e da parte final do intestino delgado.
De forma complementar, pode ser feito ainda o exame de endoscopia, que mostra as condições da parte superior do sistema digestivo, como o esôfago, estômago e a primeira parte do intestino delgado.
De forma menos invasiva, exames de imagem como tomografia do abdômen e ressonância magnética podem revelar o local da obstrução pela distensão das alças do intestino.
Tratamento e relação com as causas
O tratamento varia e considera aspectos como a localização da obstrução, a gravidade dos sintomas e as causas. De acordo com o gastroenterologista, o tratamento clínico pode ser uma alternativa para casos mais leves e de obstrução parcial.
Os cuidados devem ser realizados com acompanhamento médico e incluem jejum, hidratação e medicamentos para melhorar a distensão do intestino. Nos casos mais graves, os pacientes são submetidos à cirurgia para a desobstrução do intestino.
Nos casos de câncer, pode ser necessária a realização de cirurgia para a retirada do tumor, além de quimioterapia ou radioterapia. Se o problema estiver relacionado a doenças inflamatórias como a diverticulite, a terapia pode ser feita com intervenção cirúrgica seguida de tratamento com antibióticos e analgésicos.
Quando a doença tem origem parasitária, como as verminoses, os cuidados incluem a medicação com anti-parasitários, de acordo com o agente causador da doença.
Riscos e complicações
Os pacientes com obstrução intestinal podem apresentar desidratação, fraqueza e perda de peso devido ao déficit na absorção de nutrientes pelo organismo. Nos casos graves, o bloqueio pode causar lesões no intestino, infecção generalizada e necrose dos tecidos. Segundo André, os riscos de morte são baixos e a obstrução, em geral, tem boa evolução clínica.
O especialista diz que uma das principais dificuldades relacionadas à obstrução causada pelo acúmulo de tecido nas alças do intestino (aderência) é que as cirurgias que buscam corrigir o problema podem levar à formação de novos quadros no futuro, fazendo com que mais cirurgias sejam necessárias.
Médicos especialistas explicam que quanto mais se opera um paciente com aderências, maiores são as chances de surgimento de novas aderências, por conta de cirurgias que são realizadas de forma aberta e por cortes. Esses pacientes têm mais chances de precisar de uma nova abordagem cirúrgica em curto ou longo espaço de tempo.
Prevenção inclui adoção de hábitos saudáveis
De acordo com o médico, a adoção de hábitos saudáveis de alimentação e atividades físicas pode reduzir as chances de desenvolvimento de obstrução intestinal. “O ideal é evitar a obesidade, causa fundamental dos problemas do aparelho digestivo, como tumores. O tabagismo e etilismo [uso excessivo de álcool] também estão relacionados ao câncer de estômago”, diz.
Especialistas ainda recomendam atenção a qualquer tipo de alteração do comportamento do intestino, além de uma dieta balanceada que inclua verduras, legumes e fibras, a ingestão de 2 a 3 litros de água por dia, além de evitar alimentos enlatados, embutidos, industrializados e condimentos de forma geral.
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